“Quando olhamos por inteiro, entendendo o comportamento pela óptica da criança e que em nosso corpo tudo está interligado, temos a chance de explorarmos: onde estamos, o que estamos vivendo e quais necessidades sua criança está tentando atender.” (Luana Pinhel)
Educar, cuidar, fortalecer, estimular, impor limites, dar autonomia, amar e dentre tantas outras oportunidades que assumimos a responsabilidade de quando nos tornamos um adulto de referência para uma criança, ou seja, asseguramos a sua sobrevivência e seu pleno desenvolvimento. E esse conjunto de atividades e responsabilidades é o que descreve o conceito de parentalidade.
Sendo assim, para que seja possível assegurarmos tanto a sobrevivência como o pleno desenvolvimento para a criança, é imprescindível olharmos para a sua saúde, contudo não apenas na ausência de doenças, mas um estado de bem-estar em todas as dimensões: física, psicológica, espiritual, social, intelectual, ocupacional e ambiental.
Normalmente, é possível observarmos que algo não está bem com a saúde física, por exemplo, quando sentimos uma dor de cabeça. Quais escolhas adotamos que podem ter refletido fisicamente? Esquecemos de beber água, não dormimos adequadamente, passou a hora da refeição e dentre tantas outras possibilidades.
Para isso é crucial entendermos a origem do comportamento e é exatamente onde entra a base da Saúde Integrativa, que é uma área das ciências humanas que tem por objetivo promover saúde e bem-estar através da prevenção de doenças e desenvolvimento saudável. E olhando para a infância, abordamos de maneira multidisciplinar diversas áreas de estudo como antropologia, neurociência, neurobiologia e psicologia (principalmente a pré e perinatal, Ciência do Apego).
Portanto, a saúde integrativa infantil não se trata de uma terapia alternativa, ela potencializa as abordagens convencionais com base na ciência e com o olhar por inteiro para o indivíduo, entendendo o comportamento sob a óptica da criança, que em nosso corpo tudo está interligado e os aspectos neurológico, físico e fisiológicos, emocionais e comportamentais se comunicam o tempo todo.
Então, o que difere das abordagens tradicionais? Nas abordagens tradicionais busca-se parar, bloquear e mudar o comportamento, ou seja, tratar os sintomas com um “remédio”: se você tem uma dor de cabeça, faz o uso de uma medicação e não busco o motivo pelo qual a dor iniciou ou o que poderia fazer para prevenir a dor novamente.
Isso não quer dizer que vamos conseguir fazê-lo de maneira automática ou 100% a todo momento, afinal, você também está aprendendo assegurar o pleno desenvolvimento da sua criança. Mas com o tempo, prática e constância, esse aprendizado torna-se mais fluido e natural.
Sendo assim, quando exploramos onde estamos e o que estamos vivendo, é possível olharmos e entendermos os comportamentos e as necessidades que sua criança está tentando atender, assim como você também está buscando todos os dias.
Um abraço,
Luana
Luana Pinhel para @compartilhandoescolhas