Você provavelmente já ouviu falar que ter uma alimentação adequada desde a primeira infância, poderá proporcionar a sua criança um adequado crescimento e desenvolvimento, bem como a prevenção de algumas doenças crônicas como diabetes, síndrome metabólica e doenças cardiovasculares.
Ocorre que existem inúmeros fatores que podem interferir na alimentação, pois o comportamento alimentar é uma conexão complexa de fatores fisiológicos, genéticos, psicológicos e sociais que influenciam nas escolhas alimentares, no horário e na quantidade dos alimentos que serão ingeridos nas refeições. Mas também, não podemos deixar de mencionar que são comuns desafios alimentares e problemas comportamentais tais como recusa alimentar, comportamento contrário ao momento das refeições, seletividade alimentar, inabilidade de se alimentar adequadamente e o esperado para o desenvolvimento, distúrbios alimentares e entre outros.
Ademais, outros fatores também podem estar envolvidos na alimentação, como o: SONO. Isso mesmo, o sono tem um papel essencial em nosso organismo, pois ele exerce inúmeras funções no corpo, tais como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular, a síntese de proteínas, regulação do humor, desempenho cognitivo, controle metabólico e endócrino, e entre outros. Importante ressaltar que ele não é apenas um estado de repouso, mas também um período de intensa atividade cerebral, com função restauradora e consolidação da memória.
Alguns estudos demonstraram que apenas uma ou duas semanas de privação de sono podem diminuir a tolerância à glicose, a sensibilidade à insulina e a resposta imune. Outros estudos associam que as crianças que dormem inadequadamente, em quantidade e qualidade, têm maior probabilidade de consumirem alimentos com elevada palatabilidade, ou seja, procuram por alimentos que lhes deem prazer devido as influências sensoriais (visão e olfato) caracterizando em fome hedônica e não fisiológica. Por outro lado, crianças que dormem em quantidade e qualidade adequadas, possuem uma alimentação mais balanceada com frutas e verduras, o que reforça a importância de uma alimentação balanceada e sono adequado.
Ao observarmos as crianças em casa, é possível entendermos o motivo pelo qual, muitas vezes, na hora da refeição apresentam comportamentos desafiadores para os pais, ou recusam a refeição quando não conseguem comer porque estão com sono. Ou ainda, crianças que não conseguem dormir por períodos suficientes (adequados para cada idade e indivíduo), pois estão com fome.
Sendo assim, existe uma relação entre o sono e a alimentação, pois a ingestão alimentar é influenciada pelo sono, bem como a privação de sono pode influenciar a ingestão/preferência alimentar, ou seja, ambos contribuem para o desenvolvimento adequado das crianças.
E aí na sua casa, como está o sono e a alimentação da sua criança?
Um abraço,
Luana
Luana Pinhel para @compartilhandoescolhas